"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura..."

terça-feira, 7 de abril de 2009

Novos Rastos



Talvez um dia alguém descubra o segredo dos que nada escondem.
Dos que percorrem um fio de existência
Que segura o fardo das mãos,
Enfraquecidas pela vida.
Talvez um dia alguém descubra o porquê de tanto sofrer
Por se ter um coração aberto ao mundo
– onde cabem todas as mãos que o procuram.
Talvez um dia alguém abra os olhos
E veja que o que sobrou de si nesta terra,
Mede-se pelo número de mãos que socorreu…
Não pelo que a mão guardou para si,
Mas pelo que de si ofereceu.

A fé, a luta e a mudança ninguém descobre.
Vivem-se no verbo Dar.
Ficará sempre um rosto de amor em nós
Que nos fará dar a mão e abrir o coração – novos rastos.

Talvez um dia alguém descubra
Que basta um que nada esconde
Para que outros que vivem, possam nascer.

23/05/2008

1 comentário:

  1. Ficará sempre um rosto de amor em nós
    Que nos fará dar a mão e abrir o coração – novos rastos.


    Gostei do Post*

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